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Vasco 3 a 1. O baile não está na conta. “Mimado” Fred dá piti, agride, é expulso e complica Flu. Do outro lado, Juninho mostra como se porta um ídolo

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juninho pernambucano marcelo sadio vasco com br 2 Vasco 3 a 1. O baile não está na conta. Mimado Fred dá piti, agride, é expulso e complica Flu. Do outro lado, Juninho mostra como se porta um ídolo

Marcelo Sadio / vasco.com.br

 

 

O Fluminense começou o clássico contra o Vasco, no Maracanã, na noite deste domingo (21), pela oitava rodada do Brasileirão 2013, dando a impressão de iria ganhar o jogo com facilidade e empurrar de vez o Gigante da Colina para as proximidades da zona de rebaixamento.

 

 

Com uma equipe mais organizada, um número maior de torcedores nas arquibancadas e jogadores mais talentosos, pressionava o Machão da Gama com jogadas pelo meio e deixava a defesa rival apavorada.

 

 

Aos nove minutos de jogo, a defesa do Vasco já tinha errado duas saídas de bola que por pouco não terminaram em gols para o Tricolor.

 

 

Mas aí apareceu a "pedra" Fred - e desta vez, por incrível que pareça, contra o próprio patrimônio, ou seja, contribuindo para afundar o Fluminense.

 

 

O grande artilheiro do Brasil na Copa das Confederações, o atacante frio, calculista e mortal, o camarada que fez gol deitado contra a Espanha, o craque que segundo consta recebe entre R$ 700 mil e R$ 900 mil mensais, o ídolo e exemplo de muitos moleques...

 

 

Bom, de repente, de um minuto para o outro, Fred resolveu jogar tudo isso no lixo e se transformar, por alguns momentos, em um menino mimado que se considera intocável e não admite sequer que o zagueiro, companheiro de trabalho da equipe rival, faça o seu trabalho, ou seja, tente marcá-lo.

 

 

Primeiro, empurrou o zagueiro vascaíno no chão, com a bola parada, antes de um escanteio a favor do Fluminense.

 

 

Ali o árbitro Marcelo de Lima Henrique já deveria ter retirado a bola do escanteio, marcado falta a favor do Vasco dentro de sua área de defesa e dado cartão amarelo ao visivelmente descontrolado Fred.

 

 

Mas não deu nada. Ficou barato.

 

 

Entre uma coisa e outra, Juninho Pernambucano, o Reizinho da Colina, do alto de seus 38 e meio, de volta ao time do Vasco, fazia, aos 16 minutos, um gol com um belo arremate de dentro da área, liderava os colegas mais novos em campo, recebia homenagens dos parceiros na hora do gol e mostrava a Fred como deve se comportar um ídolo de verdade.

 

 

Minutos depois, aos 24 do primeiro tempo, Fred sobe para supostamente disputar uma bola de cabeça com Jomar.

 

 

Supostamente porque, a rigor, sua intenção era a de agredir o zagueiro do Vasco. Pois o atacante meteu no colega de trabalho uma cotovelada ridícula, absurda, infantilóide, e foi justamente expulso.

 

 

Começa a chover crítica contra Fred nas redes sociais. A maioria, incluída nela vários tricolores, usa termos como "mimado", "mimo" e "arrogância demais".

 

 

De fato, é impossível justificar uma postura imatura daquelas vinda de forma tão gratuita de um cara tão experimentado, talentoso e vencedor. Mas veio.

 

 

E o primeiro tempo, que começou parecendo dar a faca, o queijo e o filete de azeite por cima ao Fluminense, terminou dessa forma, controlado pelo Vasco e com apenas 1 a 0 no placar exclusivamente pelas limitações técnicas e a falta de entrosamento ainda característicos deste time de São Januário em fase de montagem e com novo técnico.

 

 

Mas a sorte começou sorrindo para o Vasco logo aos 33 segundos da etapa final: em lançamento primoroso de Juninho Pernambucano, André, o melhor da etapa final,  encobriu Cavalieri e marcou o segundo gol do Vasco.

 

 

O Fluminense ficou zonzo, quase tomou outro gol na correria de André, que jogava bem e infernizava a zaga rival.

 

 

Mas aos 11 minutos da segunda etapa, numa falha conjunta da dupla de zagueiros, que não subiu, e do goleiro vascaíno Diogo Silva, o lateral-esquerdo tricolor Carlinhos achou um gol de cabeça, em cobrança de escanteio pelo lado direito do ataque, e recolocou o Fluminense em jogo, apesar da apatia tricolor.

 

 

A partir daí, com o retorno da insegurança do Vasco, diante da consciência de que o jogo, mesmo com um a mais, não estava decidido a seu favor, a temperatura do jogo subiu.

 

 

Aos 28 minutos da segunda etapa, Digão, que já tinha um amarelo, matou uma jogada de contra-ataque do Vasco, dois contra um, levou o segundo e, logo depois, o vermelho. O Vasco ficava com dois a mais e colocava Tenório no lugar de Eder Luis, que estava muito cansado.

 

 

Aos 37 minutos, Tenório, em outra cobrança de escanteio, vence a cansada zaga do Fluminense e faz o terceiro gol.

 

 

A torcida do Fluminense começa a abandonar o Maraca. Com 3 a 1 contra, dois a menos e quase dez minutos para o final, ela sente que a possibilidade de tomar o quarto (ou eventualmente até também o quinto) do que fazer o segundo ou mesmo empatar.

 

 

Aos 43, Wendell ainda bateu uma falta no travessão de Diego Cavalieri. Seria o quarto do Vascão.

 

 

Logo após, o Vasco coloca o Fluminense na roda.

 

 

A torcida do Vasco enlouquece de tanto gritar "olé" dos 43 aos 45 do segundo tempo.

 

 

Preocupado com a possibilidade de alguma reação destemperada dos jogadores do Flu diante do olé vascaíno, o árbitro encerra a partida aos 45 em ponto, sem nem um segundo de desconto.

 

 

O Vasco foi a imagem de Juninho: batalhador, consciente das suas limitações mas digno na batalha, dedicado, concentrado, ligado ao coletivo. O melhor da partida, seguido de perto por André (na foto acima, os dois comemoram abraçados o primeiro do Vasco, de Juninho) e Diego Cavalieri.

 

 

E o Flu, a de Fred: nervoso, inconstante e com postura de superioridade em relação aos rivais, subestimando o adversário.

 

 

Deu no que deu.

 

 

Se o sucesso subiu à cabeça do Flu, é hora de colocá-la no lugar porque, a partir de agora, só sobe fracasso: o time hoje está em 14º lugar no Brasileirão, com nove pontos, apenas dois pontos acima do primeiro do rebaixamento, a Ponte Preta, com sete (e um jogo a menos).

 

 

O Vasco começa a ressurgir das cinzas.

 

 

E o Flu, que tem um elenco inegavelmente qualificado, talvez deva ter aprendido a lição de que auto-estima é ótimo para todo mundo - mas na medida em que ela se transforma em arrogância, o fracasso se aproxima.

 

 

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